Há exatos 110 anos acontecia o naufrágio do Titanic, o famoso navio que partiu para uma aventura inaugural sem volta.
A viagem começou no dia 10 de abril em Southampton com destino a New York, quando na madrugada do dia 14 a embarcação colidiu com um iceberg e horas depois afundou.
Havia 1500 passageiros a bordo do transatlântico que era considerado um navio luxuoso e seguro. Mas não foi.
E o resto da história todo mundo sabe...
Mas existe outra história triste envolvendo naufrágio, desta vez com o Titanic Italiano, como foi nominado o navio Principessa Mafalda, que naufragou em águas brasileiras em outubro de 1927.
A embarcação foi construída em 1909 e fez inúmeras viagens entre Itália, Brasil e Argentina, transportando imigrantes, produtos e mercadorias.
Só que em 25 de outubro de 1927 perto do arquipélago de Abrolhos na Bahia, Il Principessa Mafalda afundou. O rompimento de uma hélice danificou o casco do navio e fez com que a água começasse a entrar rapidamente. Havia 968 passageiros e 287 tripulantes a bordo, dos quais muitos italianos com destino final a Argentina. Foram cerca de 300 mortos na tragédia.
O Museu da Imigração de São Paulo registrou a entrada na hospedaria dos imigrantes de 42 sobreviventes. Eram 7 húngaros e 36 italianos. Famílias Yori, Rupolo, Petina, Silvino, Massassite, De Rossi, Strufaldi, Forner, Lovato, Panarotti, Puldeghinio, Da Tonia, Beck, Strobel, Piretto e Ban. (Fonte: museudaimigracao.org.br)
A nave Principessa Mafalda tinha uma irmã gêmea, outro navio construído na mesma época, que se chamava Principessa Jolanda. Os nomes eram homenagem às duas filhas do rei Vittorio Enmanuele II. A companhia de navegação Lloyd era responsável pelas embarcações e tinha o objetivo de oferecer um serviço de luxo para a linha Europa - América do Sul. Mas Principessa Jolanda afundou antes mesmo de partir para o mar. Sendo assim, toda a expectativa recaiu sobre Principessa Mafalda, o moderno navio que teria o final trágico 20 anos depois.
Curiosidades: Os antepassados do Papa Francisco (Jorge Bergoglio) haviam comprado passagens para a viagem no Principessa Mafalda, mas desistiram de embarcar um pouco antes por questões familiares.
O livro mais caro do mundo afundou junto com o Titanic. A edição do livro de poemas Rubáiyát de Omar Caiam (conhecido como Grande Omar) foi cuidadosamente decorada com milhares de joias na capa, feita com folha de ouro e couro. Era uma encomenda que deveria ser despachada de Londres para Nova York no fatídico abril de 1912.
Mais tarde uma nova cópia deste livro foi produzida e encadernada tão lindamente quanto a primeira, mas foi destruída pelos bombardeios da segunda guerra mundial.
A foto mostra o livro colorido digitalmente para dar a dimensão da exuberância da encadernação, pois só existem registros em preto e branco do volume original. (Fonte: BBC Londres)
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